terça-feira, 2 de junho de 2009

Palavras com S

SABUGO. 1- Espiga de milho depois de debulhada.
2-Qualquer coisa que depois de parcialmente ou totalmente devorada, ainda resta alguma coisa. P.ex.: “Roeu tanto as unhas que ficou só no sabugo.”
SACANHA. Antigo jogo de azar que consistia em colocar dinheiro sobre uma lata. Um arremessador tentava derrubar a lata, se conseguisse, ficava com todo dinheiro; se errasse, o outro tentava e assim sucessivamente. Antes, porém, era tirado o “ponto”. O jogador que acertasse mais perto da risca, seria o primeiro a atirar a pedra. Q.v. chancheta.
SACÃO. Safanão.
SAFANÃO. Puxão, puxada repentina e forte. Também pode ser um tabefe.
SAFAR. Livrar, escapar. “Dar aulas de português para safar a turma do serviço do campo.” (Rádio Peão p 164)
SAGU. Q.v. Raulif.
SAGUAÇU. (do guarani) Essa = olho + guaçu = grande. Nome de uma lagoa na cidade de Joinville. Norberto Bachmann afirma que vem de olho grande, porque a lagoa do Saguaçu tem a forma de um grande olho.
SAGUARU. Peixe da água doce. “Na esperança de surpreender alguns saguarus.” (Memórias de um menino p 40)
SAIÃO. Aferético de insaião. Erva medicinal em processo de extinção no litoral catarinense. Erva da fortuna.
SAÍ-GUAÇU. Rio que limita o Estado de Santa Catarina com o Paraná.
SAINO. (sai) Iodização de Sanho.
SAIQUI. (quí) Espécie de abelha nativa, muito pouco conhecida.
SAÍRA. Um dos mais belos exemplares da fauna catarinense. A saíra é um pequeno pássaro multicolorido com diversos tipos. Saíra lenço, saíra-sete cores, saíra do barranco e outras.
SALAMIM. Antiga unidade de medida de capacidade para secos que corresponde em 1/16 de alqueire ou, segundo Aurélio, 2,27 litros. Na linguagem vulgar corresponde à metade de uma oitavinha.
SALAMONICO. Metanálise de “sal de amoníaco”. Bicarbonato de sódio.
SALAMORA. Metanálise de “sal à moura”, sal que mora, que demora.
SALAPÃO. Espécie de búzio do litoral catarinense, achatado de forma helicoidal. Na cidade de Penha ouvi a variante ‘sulapão’ do senhor Murilo José Conceição.
SALINO. Diz-se do animal de pêlo cinza, salpicado de branco.
SALOBA. Síncope de salobra. Água salgada, especialmente água doce misturada com água salgada.
SAMBAR. No litoral costuma-se dizer sambar como sinônimo de mudança. Sambar a lenha, por exemplo, é o ato de reunir a lenha espalhada na coivara, atirando-as em montes perto do caminho ou da condução que a levará ao destino. “Como tínhamos de recuperar o tempo perdido, começamos a sambar a lenha mais depressa’ (Anna Fuchs p 49)
SAMBURÁ. Pequeno balaio de pescador, feito de taquara. “Pego o samburá e a rede / O remo e o lampião.” (Jairo Costa - A missão do pescador - in O Pescador p 30)
SAMOCO. Diz-se do sujeito quieto, circuspecto, samonga. (Dicionário de Regionalismos da Ilha)
SAMONGA. Songamonga, tanso, mocorongo, bocó, panaca.
SANCA. Nome que se dá ao acabamento do forro da casa na cidade de Concórdia. Meia cana.
SANHO. O memso que zanho.
SANEFA. Dispositivo onde se coloca a haste que segura a cortina.
SANHO. Diz-se do cavalo que tem pêlos avermelhados. Var. Saino, zaino.
SANTOLA. (c.l.c.)Nome que se dá para uma espécie de siri, de garras grandes e molenga.
SAPECAR. Queimar levemente alguma coisa no fogo.
SAPECO. Que se queimou levemente. Chamuscado. Por exemplo, o frango depois ser depenado, passa por um sapeco para queimar os pêlos que ficam. “A fumaça deixava a roupa com uma catinga desgraçada de sapeco.” (Isaque de Borba Corrêa - Poranduba Papa-siri p 29)
SAPIQUÁ. Idiotismo de Florianópolis que significa saco que o pescador de tarrafa carrega para ir colocando o peixe que captura. (Dicionário de Regionalismos da Ilha)
Em Camboriú e região se diz mariana.
SAPOADA. Cipoada, correção. Apanhar de cipó: analogicamente, apanhar da vida, levar sapoada da vida.
SAPREMA. Variante de alçaprema, com aférese. Espécie de espeque.
SARACOTEAR. Sassaricar, sacolejar, balançar. Chaqualhar.
SARACOTEIO. Deverbal de saracotear. “Pensavam nos consumidores que poderiam ficar sem energia, num simples saracoteio do maludo.” (Rádio Peão p.67)
SARACOTINGA. Nome de uma formiga que encontramos em São João do Itaperiú. Samir Medeiros garante que no sul do Estado esta espécie de formiga também é conhecida.
SARAGAÇO. Qualquer alga feofícea, de grandes dimensões, do gênero Sargassum e outros afins. Por vezes ocupa grandes superfícies, em alguns mares ou costas. Tipo de vegetação marinha, alga marinha. Var. sargaço.
SARAQUÁ. Espécie de chuncho, para plantar milho. “Os saraquás servem para fazer as covas e plantar as sementes.” (Onei Barbosa, Tropeirismo paranaense p 114)
SARGAÇO. Síncope de saragaço. Cheiro de peixe. Catinga de arraia mijada, fedor de cação seco. Geralmente se diz do cheiro característico emanado da vagina da mulher. “A velha emanava um sargaço de arraia mijada, uma catinga de cação seco, daquela chimbica que não tinha cavalo que aturasse!” (I. de B. Corrêa - Pirão com Milongas - inédito)
SARICO. Espécie de armadilha para apanhar peixe ou siri. O mesmo que coca.
SARILHO. Instrumento bastante conhecido na região de Laguna. Instrumento usado para içar canoas e barcos para cima dos trapiches. Espécie de hidrolift ou hidrolifo usado em estaleiros modernos. Também são conhecidos outros instrumentos menores para enrolar ou dobar fios. “Quem doba, não ensarilha.” (Ditado popular)
SARO. Qualquer pêlo de animal esbranquiçado ou mesmo ruivo. Na Ilha Terceira dos Açores diz-se do boi preto, mesclado de branco. Segundo o dicionário de Figueiredo, é um adjtivo açoriano, porém de procedência algarvia que qualifica o porco preto.
SARRAPILHEIRA. Emaranhado, maçaroca, enliaceira. José Ângelo Rebelo, grafou serrapílheira. “E ainda sobre as rochas, as bromélias nutridas pela serrapilheira decomposta.” (O Menino e a Pedreira, p 29)
SASSEÇO. Cu, ânus. “ Não precisou mais passar pelo vexame de morder o sasseço do cavalo.” (Isaque de Borba Corrêa - Pirão com Milongas - inédito)
SAVELA. Savelha.
SAVELHA. Peixe famoso por ter muita espinha. Savela. (Brevoortia pectinata) “… Com posta de tainha ou de savela.” (João Leonir Dall’Alba - O Condomínio São Pedro- in O Pescador p 135)
SCHINAPS. (Norte) Germanismo para bebericar, tomar um trago. (Informação de Antônio Azevedo. Joinville)
SCHILEPT. Slept
SCURRALHO. Q.v. Escurralho.
SEAR. O mesmo que cear: fazer seio. Q.v Siar
SECA. Batida firme e forte no jogo da quilica. Sequinha.
SEDENHO. Diz-se da crina do cavalo “Tem o sedenho de rabo de cavalo.” (Defreitas p 20)
SEMPULA. Sempulo. P.ex.: “Acertou a bola de sempula”.
SEMPULO. Tabefe, sopapo, sopetão. No jogo de futebol, se diz do chute que se pega de primeira, antes da bola cair no chão.
SENTILENA. Lampião a gás acetileno. “Sai com uma sentilena igual à que...” (Crônicas do Oeste p 80)
SEQUINHA. O mesmo que seca. Batida firme e forte de uma quilica na outra.
SERELEPE. Sapeca, moleque irrequieto.
SERIGOLA. Argolas de ferro para amarrar malas, bolsas, bruacas. “Nas bruacas feitas em couro cru, em formato de mala, munidas cada uma por duas serigolas.” (Oney Barbosa Borba Op cit p 109)
SERIGOTE. [Do árabe, sehr gut, ‘muito bom’]. (def. A.E.XXI)
(L. planalt.) Peça dos arreios do cavalo. Sela de montaria, ariame, lombilho. “Era só se agarrar no serigote.” (Crônicas do Oeste p 52)
SERRAZ. Modo de dizer serragem com apócope (serrage) e troca da consoante chiante /G/.
SESTROSO. Manhoso, desconfiado. “...Entojado e sestroso, não leva ninguém pra compadre.” (idem ibidem p 57)
SETRA. (n. cat.) Funda, schilóida, estilingue.
SEVA. Peça de engenho para sevar, ou seja, ralar a mandioca. Espécie de ralador.
SEVAR. Sevar mandioca, ralar a mandioca para fazer a massa de farinha.
SEVE. Espécie de balaio gigante, que cerca o carro de boi.
SEVEIRA. Tipo de beira das casas de estilo português no litoral catarinense. Eira seveira. Também chamada sebeira ou simalha.
SIAR. Variação de sear. Fazer seio ou ceio. Diz-se do remador de palamenta, que deixa um só remo na água, para endireitar o rumo da embarcação.
SICA. (c.l.c.)Cachorra, cadela. Forma aferética de bucica.
SICADO. Atibado, cheio.
SIMALHA. Um dos nomes da sevelha. Tipo de eira das casas de estilo português no litoral catarinense.
SINETA. (pequeno sino) Campainha usada em bicicletas.
SINHAÇU. (çú). Variante de sanhaço no litoral catarinense. Designação de várias aves passeriformes, da família dos traupídeos, gênero Thraupis Boie.
SINHOPÉ. Mome que se dá ao macho da mangona.em Balneário Camboriú. (Inf. de Almerindo Caldeira)
SIQUEIRO. Topônimo na cidade de Laguna.
SIRIGAITA. Mulher da vida ou moça cheia de trejeitos e não-me-toques, mulher inzibida. Lambisgóia. “Até hoje Daniel não sabe como ele conseguiu encontrar as sirigaitas.” (Rádio Peão p 135)
SIRIRI. Pássaro de cor amarela com preto, semelhante ao bem-te-vi, que quando canta, sugere dizer seu nome.
SIRIÚ. Nome de um rio na cidade de Palhoça.
SIRIÚBA. Nome de uma árvore das matas catarinense. Var. Sereíba. Designação comum a duas árvores características da vegetação de mangue, da família das verbenáceas (Avicennia nitida e A. tomentosa).
SIRIVERA. Expressão antiga dita às moças que se embelezavam muito, bem vestida, emperiquitada. Boneca-de-sirivera.
SLEPT. (german.) Aimpim bem cozido e amassado com garfo. “Um alemão por nome Metsck, nos ensinou amassar o aimpim, dizia que aquilo se chamava slept” “Isaque Borba – Contando Milongas – inédito)
SLITA. Pidgin italiano de zorra. Chilita.
SOBRE. Q. V. Sobrecu. Uropígio.
SOBREANO. Diz-se do animal que tem mais de 1 ano e menos de 2 anos. (S. Jr Termos cit)
SOBRECU. (cú). (ectlipse da expressão sobre-o-cu) Uropígio, traseiro das aves.
SOBRESSAME. (Náut.) Nome de peça de embarcação.
SOCA. (só). 1- Soca de milho, espiga, espiga de milho.
2- Touça que resta do 1º corte da cana.
3- Nas ilhas Terceiras diz-se maçaroca.
4- Touça.
SOCHA. (só). Armadilha para pegar tatu. Variação fonética de chocha.
SOCÓI. (Ital.) Lambdacismo de Sócoli.
SÓCOLI. (Ital.) (Pidgin-italiano) Tamancos, par de tamancos. Superestrato inserido no substrato lingüístico das cidades de colonização ítalo-brasileiras. Registrado na cidade de Rodeio, por Andrieta Lenard.
SOGA. Corda com que se prendem os animais a um palanque. (Dicionário de Regionalismos da Ilha)
SOGUEIRO. Diz-se do animal que é acostumado a estar preso à soga. (idem)
SOLERA. Variante de soleira. Relha, sola da janela, a parte inferior da janela.
SOLINHO. Sandália, na cidade de Criciúma. (S. Jr. Termos cit)
SONGAMONGA. Samonga, tanso, mocorongo.
SONSO. Tanso, mocorongo, mané-coco, pamonha, coiô.
SOPAPO. Supetão.
SOPREIRA. Aférese de assopreira. Canudo de bambu para soprar o fogo.
SOQUETEIRO. Puxa-saco, em Curitibanos. (Idem ibidem)
SORDA. (manez.) Ensopado de ovos cozidos e temperos verdes.
SOROROCA. (roró). Peixe teleósteo, percomorfo, da família dos tunídeos (Scomberomorus maculatus - Mitc.), muito comum no litoral catarinense.
SOTURNO. Lugar soturno, lugar ermo, região deserta.
SOVA. Surra, coça. Pouco usual entre os nativos do centro do litoral catarinense.
SOVELA. Instrumento que os seleiros usam para furar o couro.
SOVÉU. (Do esp. plat: sobeo) (l.planalt.) Laço de couro torcido, não trançado. (Gloss. Vida Salobra)
SUBÇÃO. (naut.) Peça que protege a quilha da canoa
SUBRAJU. Madeira dura. Subraji (?). Planta da família das ramnáceas (Ceanothus sp.). (def. A.E.XXI)
SUÇUARANA. Carnívoro da família dos felídeos (Felis(Puma) concolor L.) desconhecido pela maioria da população nativa litorânea catarinense. Puma.
SULAPÃO. Q.v. Salapão
SUMACA. Antigo barco a vela, menor que o patacho.
SUMANTA. Sova, surra, coça. Registrado na cidade de Tubarão.
SUMITO. Corruptela de somítico, empregado no interior de Itajaí com sinônimo de sovina, ridículo. (Conceito transcrito ipsis litteris S. Jr Termos cit)
SUNDARA. (n. cat.) Pássaro de hábitos noturno, semelhante à coruja.“Quando a sundara canta perto da casa, logo vem defunto.” (Defreitas, 53)
SUNGADEIRA. Fio usado para içar as gaiolas no alto das árvores.
SUNGADO. Levantado. Puxado para cima.
SUNGAR. Subir, içar, elevar. Ex: Sungar a calça.
SUPETÃO. 1- Arranco rápido e inesperado.
2- Sopapo, tabefe, tapaço.
SUPILHO. (c.l.c.)Cavaco de madeira. Nas demais regiões se diz sipilho. Sepilho
SUPUREMA. 1- Matéria purulenta que sai das feridas, pus.
2- Doença que ataca mandioca. “A supurema, uma doença desconhecida que apodrecia as raízes da mandioca.” (Memórias de um menino pobre)
SURDINA. Algo feito às escondidas, na moita.
SURO. (sú). Sem rabo, sem cola, cotó, pitoco.
SURUMANGAVA. (c.l.c.)Espécie minúscula de beija-flor (cutelo) do centro do litoral catarinense. Cutelo Surumangava ou cutelo barbudo.
SURURU. 1- (subst.)Marisco da água doce em Florianópolis. (Dicionário de Regionalismos da Ilha) No centro do litoral é conhecido como “Unha de velho”, no norte do estado pode ser bacucu.
2- (subst.) Encrenca, briga. “Melo teria enfrentado cinco policiais armados de cassetete que o queriam prender, por um sururu que aprontou numa casa de mulheres” (Rádio Peão p 134)
SURUVI. Nome de um rio que banha algumas cidades do oeste catarinense.
SUTA. Esquadro móvel para traçar ângulo.
SUTADO. Cortado em ângulo, disposto em 45º.

8 comentários:

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